A ciatalgia é a dor que se origina da região lombar baixa, e irradia-se pelos glúteos, coxa posterior, panturrilhas, tornozelo e planta dos pés. Geralmente apresenta dor de forte intensidade com grande prejuízo funcional, limitando até mesmo as atividades cotidianas. A origem da dor provém de uma lesão da raiz nervosa, que se encontra no interior da coluna.
A principal causa é a hernia discal lombar. O disco intervertebral sofre um desgaste, devido a fatores genéticos e ambientais como excesso de peso, postura inadequada e fatores ocupacionais, ocasionando em sua desidratação e fragilização estrutural.
A compressão radicular, leva a um estresse inflamatório e isquêmico, que pode resultar na perda da sensibilidade e fraqueza nos pés. Este processo pode ser agudo, com necessidade de tratamento cirúrgico de urgência para preservar a função radicular. Se a compressão for gradual, pode-se tentar o tratamento clinico com possibilidade de reversão do quadro, corrigindo os fatores ambientais.
O tratamento da ciatalgia basicamente consiste no alivio da dor, com analgesia necessária para anular a dor, conforme sua intensidade. Muitas vezes é necessário uma combinação do tratamento medicamentoso, fisioterápico e acupuntura. A correção do fator causal é fundamental para reabilitação plena e restauração da qualidade de vida.
É chamado de lombalgia quadros de dores na região lombar. As lombalgias podem ser associadas ou não a Ciatalgia, dores irradiadas para glúteo, coxa, perna e/ou pé.
A maioria das lombalgias são consideradas agudas, pois aparecem de forma relativamente rápida. A frequência dessas ocasiões tende a aumentar com o envelhecimento e, na maioria das vezes, são reversíveis apenas com repouso.
Dentre as possíveis causas, podem-se citar causas mecânicas como excesso de peso e movimentos bruscos, inflamatórias, nervosas, reumáticas e, quando não é possível definir a causa, pode-se denominá-la dor lombar inespecífica.
Os tratamentos para lombalgia devem considerar o estado clínico e ocupacional de cada paciente. Usualmente o tratamento inicial é conservador, utilizando-se de repouso, medicação analgésica e anti-inflamatória, e fisioterapia focada para analgesia.
Passada a fase aguda, sugere-se reforço muscular orientado, com o objetivo de se prevenir o avanço da degeneração discal e dividir a carga vertebral com a musculatura adjacente. Nos casos mais graves e dependendo da patologia associada à lombalgia, cirurgias podem ser recomendadas.
A dor cervical é uma das dores mais comuns do sistema musculoesquelético. É estimado que 9,5 a 22% das pessoas tenham dor cervical. Estas dores podem incluir dores cervicais com ou sem irradiação para os membros superiores e podem vir associadas ou não a dor de cabeça.
As dores cervicais podem ser causadas por muitas patologias especificas como tumores , infecções, doenças inflamatórias ou reumatológicas, sequelas de traumas e até doenças congênitas. Porém, nenhuma causa orgânica especifica pode ser encontrada na maioria dos casos e os sintomas costumam ser muito inespecíficos.
A dor cervical pode se originar de envelhecimento das estruturas da coluna cervical como discos , facetas e ligamentos assim como acontece na coluna lombar. Outras causas incluem contratura muscular da região posterior da coluna cervical, por vícios posturais, ou por trauma direto ou indireto.
A principal causa é a Hernia Discal Cervical, processo degenerativo do disco que comprime a raiz nervosa, responsável pela sensibilidade e motricidade dos membros superiores. Outras causas podem ser cistos, tumores e traumatismo cervical.
O tratamento consiste no alívio algico, com medicamentos, fisioterapia e acupuntura. A cirurgia pode ser indicada dependendo do fator causal e da gravidade do caso.
O Traumatismo Craniano é denominado a toda pancada ou abalo violento sobre o crânio, com repercussões ou não do encéfalo, e ossos que a constituem sejam ou não fraturados ou perfurados. O cérebro pode ser afetado mesmo que o impacto ocasionado não frature ossos e não penetre dentro do crânio.
Muitas lesões podem ser causadas por um simples impacto violento que faça o cérebro chocar-se contra as paredes cranianas como, por exemplo, nas acelerações ou desacelerações bruscas.
O cérebro pode ser afetado tanto no ponto do impacto do trauma quanto no pólo oposto, que se choca contra a parede craniana contralateral. Além disso, um traumatismo craniano pode também produzir ruptura de nervos e de vasos sanguíneos, agravando suas consequências.
As causas mais frequentes são os acidentes de trânsito, quedas, lesões cortocontusas por agressão física, acelerações e desacelerações bruscas. Os sinais e sintomas mais comuns são: desmaio, perda da consciência, dor de cabeça intensa, sangramento pela boca, nariz ou ouvido, diminuição da força muscular, sonolência, dificuldade da fala, alterações da visão e da audição, perda da memória e coma. Estes sintomas podem demorar até vinte e quatro horas para aparecer e, por isso, o indivíduo deve ser observado atentamente dentro deste período, de preferência em um hospital.
O diagnóstico das características e da extensão dos traumatismos cranianos pode ser feito por meio da Radiografia, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética do Crânio e Encéfalo.
O tratamento varia de caso a caso, sendo o principal objetivo estabelecer as funções vitais do paciente, por vezes com necessidade de suporte de UTI e respiração com auxilio de aparelhos. Controle da pressão intracraniana por meios clínicos ou cirúrgicos. Identificação de consequências do traumatismo e drenagem de possíveis hematomas, correção de afundamentos ósseos, hidrocefalia e convulsões.
Os traumas da coluna vertebral permanecem como uma das lesões traumáticas mais complicadas, com possibilidade de graves consequências funcionais, principalmente pela alta incidência na população jovem, economicamente ativa. O principal objetivo no atendimento às vítimas é reduzir a chance de haver déficits neurológicos e prevenir lesões adicionais que podem ocorrer no atendimento à vítima.
As principais causas são: acidente automobilístico, motociclístico ou ciclístico, quedas, ferimentos por arma de fogo, ferimentos por arma branca, agressão física, acidentes na prática desportiva, entre outras.
Os mecanismos do trauma ocorrem por contusão direta da coluna, desaceleração ou aceleração brusca, que podem levar a fraturas, rupturas de ligamentos e instabilidade na coluna, podendo levar a lesão da medula espinhal, raízes e vasos supridores da região. O trauma resulta em uma perda total de sensibilidade ou da motricidade, como andar, e correspondem à altura de onde ocorreu o dano, por exemplo, lesões na região do pescoço levará a perda da sensibilidade abaixo do nível lesionado.
Quase a metade dos casos de lesões da coluna vertebral é completa. Lesões completas da região cervical superior podem chegar a comprometer a capacidade de respirar e levar a necessidade de uso do ventilador mecânico. As lesōes incompletas podem variar desde paralisia e perda de sensibilidade de um lado do corpo ou predominar apenas nos membros superiores ou inferiores.
Radiografias, Tomografia Computadorizada e Imagem de Ressonância Magnética são opções de exames a serem usados para avaliar a coluna vertebral.
O tratamento pode ser o acompanhamento clínico em lesões leves. Casos mais graves, ou com potencialidade de gravidade, podem necessitar de intervenção cirúrgica que visa a estabilização da coluna, descompressão do canal vertebral por fragmentos ósseos ou hematoma, evitando lesões de estruturas nervosas secundárias a instabilidade e isquêmia local.
Os Tumores do sistema nervoso central, são bastante frequentes na prática clínica. Trata-se de uma massa ou um crescimento anormal de células no encéfalo. Existem muitos tipos diferentes, alguns tumores são benignos, e outros são cancerosos (malignos).
Também, podem se originar primariamente no cérebro ou de neoplasias que podem começar em outras partes do corpo e se espalhar para o cérebro.
Existem vários tipos de sintomas que os tumores podem gerar: dores de cabeça, náuseas e vômitos, desmaios ou crises epilépticas, problemas de visão, fala, movimentos e sensibilidade nos membros, alteração comportamental, distúrbios de audição e na produção hormonal.
Cada sintoma pode estar relacionado a um tipo de tumor, tamanho ou a sua localização. O tratamento dos tumores pode ser um acompanhamento clínico, com exames regulares para observar crescimento ou mudança de suas características, preferencialmente com Ressonância magnética.
Na maioria dos casos, os tumores necessitam de alguma intervenção cirúrgica. Alguns tipos tumorais necessitam ainda de radio e quimioterapia para término adequado do tratamento.
Aneurismas Intracranianos são dilatações as quais desenvolvem-se nas artérias cerebrais. Eles geralmente apresentam-se, preferencialmente, nas bifurcações dos vasos, nas curvas arteriais e têm seu fundo apontando eminentemente para a direção e sentido do fluxo arterial.
Os fatores de risco para ocorrência de aneurismas incluem: tabagismo, sexo feminine, HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), história familiar de doenças cerebrovasculare e estado pós-menopausa.
Infelizmente, a taxa de mortalidade por HSA é de cerca de 50% em 30 dias. A manifestação clínica mais comum é o paciente com queixa de dor de cabeça, sendo caracterizada tipicamente como “a mais forte de toda sua vida”.
O tratamento dos aneurismas cerebrais compreende basicamente as técnicas microcirúrgica e endovascular. A escolha da técnica a ser utilizada depende de uma série de fatores relacionados ao paciente e suas condições clínicas, ao hospital e ao cirurgião.
Em suma, tendo em vista a gravidade da HSA, é necessário que o diagnóstico dessas dilatações vasculares cerebrais seja realizado precocemente, para que o tratamento seja o mais eficaz possível e com menor risco de sequelas neurológicas.
Os acidentes vasculares encefálicos contribuem com uma importante causa de mortalidade no mundo, sendo a principal em algumas faixas etárias. Acometem cerca de 15 milhões de pessoas por ano, sendo que os eventos hemorrágicos correspondem a 10% a 15% dos casos.
Hemorragia intracerebral é definida como extravasamento de sangue dos vasos para o tecido cerebral. Devido a isto, normalmente é acompanhada de alguma sequela neurológica aguda, tais como: alteração no nível de consciência, déficit motor, alteração na fala, déficit sensitivo, alterações visuais, crise convulsiva e outros.
As causas da hemorragia cerebral espontânea são inúmeras, e podem ser classificadas em dois grupos: primárias e secundárias. As manifestações clínicas mais comuns são a dor de cabeça de início súbito e de forte intensidade. São também associados déficits neurológicos súbitos, frequentemente caracterizados por dificuldades para movimentação de membros, falar ou interpretar a fala, desmaios ou confusão mental.
Crises convulsivas podem acompanhar ou iniciar as manifestações clínicas. Mediante um paciente com tais sinais e sintomas, a busca por assistência hospitalar específica deve ser imediata.
O Tratamento pode ser o acompanhamento clínico, com a identificação e tratamento do fator causal ou a necessidade de drenagem cirúrgica do hematoma cerebral para casos onde há risco de vida.
O líquor, liquido que encontra-se em íntima relação com todo o sistema nervoso central, é produzido na parte interna do cérebro, uma cavidade conhecida como ventrículo, e circula por toda a extensão do crânio e coluna vertebral. Possui diversas funções, tais como proteção, amortecimento, hidratação e nutrição dos tecidos neurológicos.
Assim, o liquor é produzido e também drenado pelas granulações aracnóideas, numa velocidade de cerca de 150 ml a cada 8 horas, permanecendo assim em equilíbrio a sua quantidade no organismo.
A Hidrocefalia acontece quando ocorre alguma alteração neste processo como, por exemplo, o aumento da produção, obstrução das vias de passagem ou dificuldade de absorção. O líquido acumula-se, elevando a pressão intracraniana e causando a dilatação de todo o sistema.
Clinicamente pode se manifestar com dor de cabeça de difícil controle associada a náuseas, vômitos e a sonolência progressiva. Realiza-se exame de imagem como tomografia e/ou ressonância magnética para caracterizar a hidrocefalia e buscar a sua causa.
Esta doença pode ser uma urgência, com risco eminente de vida, devido ao aumento da pressão intracraniana, com necessidade cirúrgica. A Hidrocefalia pode ser também uma doença crônica, frequente em idosos, caracterizada por alteração na marcha de pequenos passos, lenta e desequilibrada, incontinência urinária e demência. O tratamento é determinado pela doença que causa a hidrocefalia.
A enxaqueca é uma forma de cefaléia vascular causada por um desequilíbrio bioquímico no cérebro, apresentando um forte componente hereditário. Apresenta uma incidência de cerca de 6% na população masculina, chegando a quase 20% na população feminina.
A dor de cabeça da enxaqueca pode ser latejante, em peso, ou uma sensação de pressão, como se a cabeça fosse explodir. A localização da dor de cabeça da enxaqueca pode variar de crise para crise e raramente doendo sempre no mesmo lugar. A dor de cabeça da enxaqueca pode ocorrer em qualquer lugar do crânio.
Outros sintomas frequentes da enxaqueca são náuseas, vômitos, aversão à claridade, ao barulho e aos cheiros. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca, normalmente apresenta alguns deles, em graus variados.
As crises de enxaqueca podem durar de 4 a 72 horas e muitas vezes só terminam com o sono, ou então quando a pessoa vomita (principalmente as crianças).
Existem diversos fatores que podem ocasionar uma crise de enxaqueca, como: jejum, omissão de uma das refeições ou até comer muito rápido, excesso ou redução de horas dormidas, fadiga, abuso do hábito de fumar, mudanças de altitude, clima ou temperatura (ar condicionado), alterações hormonais como, por exemplo, durante o ciclo menstrual, ou devido ao uso de anticoncepcional, ansiedade, depressão, estresse, entre outros.
Nosso cérebro contém bilhões de neurônios que se comunicam e exercem suas funções através da geração constante de impulsos elétricos. A crise convulsiva, ou crise epilética, surge quando ocorre um distúrbio na geração e na propagação destes impulsos elétricos cerebrais, normalmente causada por uma atividade elétrica que é desorganizada, excessiva e repetida.
Damos o nome de epilepsia quando o paciente apresenta mais de 1 episódio de crises convulsivas parciais ou generalizadas, sem que se identifique uma causa óbvia e reversível como drogas, febre ou alterações metabólicas.
Epilético é aquele paciente que apresenta alguma alteração no córtex cerebral que o predispõe a desenvolver, periodicamente, crises convulsivas, sem que haja alguma agressão ao cérebro para desencadeá-la.
Portanto, nem toda crise convulsiva é causada por uma quadro de epilepsia. Podemos citar algumas doenças e alterações que podem provocar crise convulsiva sem que se caracterizem como um quadro de epilepsia: meningite, febre, drogas, hipoglicemia, falta de oxigênio, traumas, desidratação grave, insuficiência renal avançada e alterações nos níveis dos sais minerais.
A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que leva a perda progressiva das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, além de alterações no comportamento e na linguagem.
As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença: aspectos neuroquímicos, aspectos ambientais (exposição/intoxicação por alumínio e manganês), aspectos infecciosos (infecções cerebrais e de medula espinhal) e pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.
O principal sintoma é o esquecimento. Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar.
Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares.No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada, dependência completa, torna-se incapaz de qualquer atividade de rotina da vida diária e fica restrita ao leito.
Através de exames de imagem e de testes neuropsicológicos, podemos diferenciar a Doença de Alzheimer das demais. Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição.
O tratamento varia de caso a caso, sendo o principal objetivo retardar a progressão da doença e manter a qualidade de vida do paciente.
A Doença de Parkinson é um quadro degenerativo cerebral, causando déficit progressivo na mobilidade do paciente. Causada pela perda progressiva de Dopamina, devido a atrofia dos neurônios da substância negra do tronco cerebral, o paciente evolui com tremores, rigidez, prejuízo na marcha e movimentos lentificados.
Os fatores que levam a degeneração, que ocasiona a Doença de Parkinson, ainda estão indefinidos, mas acredita-se que seja uma associação de fatores genéticos e fatores ambientais, intoxicação por substâncias e metais, traumatismo craniano repetitivo, arteriosclerose e outros.
Os fatores de risco incluem: idade (principalmente acima de 60 anos), hereditariedade, Gênero (homens mais frequentes que mulheres), exposição a inseticidas e herbicidas. O Parkinson pode afetar apenas um ou ambos os lados do corpo, e o grau de perda de funções causada pela doença pode variar dependendo do caso.
Um neurologista irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico. É necessário solicitar alguns exames laboratoriais e de imagem para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas.
Os medicamentos são utilizados para restabelcer a mobilidade, reduzir o tremor e estabilizar a marcha. Um acompanhamento multidisciplinar com fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e outros é fundamental na reabilitação do paciente. A cirurgia com implante de eletrodos cerebrais profundos são indicados para casos refratários ao tratamento clinico, com grande prejuízo na qualidade de vida dos pacientes.
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início abrupto de um deficit neurológico que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo o envolvimento focal do encéfalo como resultado de um distúrbio circulatório, levando a uma redução do aporte de oxigênio ao neurônios locais.
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabetes, tabagismo, dislipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento na coagulação do sangue.
Os sintomas vão depender do tipo de acidente vascular, da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem: fraqueza (déficit de força), distúrbios visuais, déficit sensitivo (alteração da sensibilidade da pele), alteração na fala e linguagem e crises convulsivas.
O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para um prognóstico favorável. Na suspeita de um AVC, o paciente deve ser levado a um pronto atendimento especializado o mais rápido possível. A avaliação inicial consiste em verificar os sinais vitais e oferecer suporte adequado de vida.
A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. O acompanhamento com um neurologista é fundamental para elucidar o fator causal do AVC e prevenir um segundo evento, através da terapia adequada.
Insônia é a dificuldade em iniciar ou manter o sono, prejudicando o bom funcionamento da mente e do corpo no dia seguinte. Estima-se que até 40% dos brasileiros sofrem ou sofreram deste mal.
As principais características são: dificuldade em iniciar o sono, levantar muitas vezes durante a noite com dificuldade em voltar a dormir, acordar cedo demais e sono não restaurador.
A necessidade de sono varia de indivíduo para indivíduo. A insônia não é definida pelo tempo que uma pessoa dorme ou gasta para cair no sono. Geralmente, causa problemas durante o dia, tais como: cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.
A insônia é, geralmente, decorrente da ação de fatores estressantes em um indivíduo que apresenta fatores predisponentes. Os principais fatores são: idade avançada, menopausa, história de insônia em familiares, depressão e outros distúrbios psiquiátricos, doenças orgânicas, tabagismo, etilismo e dependência química.
O tratamento para a insônia pode ser simples nos casos de início recente ou intermitente, com a utilização criteriosa de comprimidos para dormir. Já o tratamento da insônia crônica é mais complicado e consiste em um tratamento multimodal.
A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. No entanto, quando esse sentimento persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação.
Mais do que o dobro do número de casos de transtorno de ansiedade generalizada ocorre em mulheres. Acredita-se que uma combinação de fatores, como mudanças hormonais e maior exposição ao estresse, possam agravar esse quadro.
O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença quase permanente de preocupação ou tensão, mesmo quando há poucos motivos ou quando não existe um motivo algum para isso.
Um neurologista vai tomar uma série de medidas para ajudar a analisar se seu caso é mesmo de transtorno de ansiedade generalizada ou se sua ansiedade tem outra origem. O objetivo do tratamento é ajudar o paciente a agir normalmente na vida cotidiana, limitando suas preocupações.
Depressão é uma doença que afeta o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. O indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido e com baixo-astral.
Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos também ocorre frequentemente com suas características particulares.
O diagnóstico é feito observando a intensidade do sofrimento, que costuma durar a maior parte do dia, por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim.
A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico é necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente.
Pode haver depressões leves, nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico. E pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o indivíduo, podendo ocorrer sintomas psicóticos e até tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso é obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.
Doença desmielinizante é uma afecção do sistema nervoso, na qual a bainha de mielina dos nervos é afetada, causando prejuízo na transmissão do impulso elétrico. Pode se manifestar com diversos sintomas, como alterações de força, perda visual, distúrbios de sensibilidade (adormecimento, formigamento, sensação anormal em determinadas regiões do corpo), alterações de equilíbrio, alterações de linguagem, alterações esfincterianas (como perda involuntária de urina), entre outros. Pode ter origem genética, auto-imune ou se seguir a quadros infecciosos.
Dentre as muitas doenças desmielinizantes existentes, a mais conhecida é a Esclerose Múltipla, que costuma se apresentar principalmente na forma surto-remissão, ou seja com sintomas intermitentes, que vão e voltam e que no início da doença podem ser bem sutis, passando anos despercebidos.
Uma vez confirmado o diagnóstico de uma doença desmielinizante, o tratamento tem dois objetivos: abreviar a fase aguda da doença e evitar a ocorrência de novos surtos.
Neuropatia diabética é uma doença nos nervos causada pelo diabetes. Os sintomas da neuropatia incluem adormecimento e às vezes dor nas mãos, pés, ou pernas. Os danos nos nervos causados pelo diabetes também podem conduzir a problemas com órgãos internos.
Em alguns casos, neuropatias podem causar queimações e também provocar perda de peso e depressão. Os cientistas não sabem as causas da Neuropatia diabética, mas é provável que vários fatores contribuam, como a Glicose alta ou uma condição associada a diabetes, que causa mudanças químicas nos nervos.
Pessoas com diabetes podem desenvolver problemas nos nervos a qualquer hora. A neuropatia pode desenvolver-se nos primeiros 10 anos depois de diagnosticado o diabetes, e o risco de Neuropatia em desenvolvimento aumenta ao longo do tempo de diabetes.
Neuropatia diabética parece ser mais comum em fumantes, pessoas com mais de 40 anos de idade, e os que tiveram problemas em controlar os níveis de glicose no sangue.
O TDAH, sigla para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, é um transtorno neurobiológico crônico, que pode cursar com déficts no funcionamento pessoal, social, acadêmico e profissional. Estima-se que a prevalência mundial de TDAH seja de 5% a 8%.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com a faixa etária, mas costumam se enquadrar dentro de 3 categorias:
– Desatenção (dificuldade em manter o foco, esquecimento, dificuldade em organizar atividades e tarefas, tendência a cometer erros por falta de cuidado).
– Hiperatividade (falar muito ou interromper os outros, movimentação constante dos pés e mãos, dificuldade em permanecer sentado por muito tempo).
– Impulsividade (agir sem pensar nas consequências, dificuldade em esperar sua vez).
Vários fatores parecem contribuir para o seu desenvolvimento, dentre eles, podemos destacar os fatores genéticos, os fatores ambientais (exposição a álcool e drogas ilícitas) e alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) na região frontal do cérebro.
O diagnóstico geralmente é feito por neurologistas ou psiquiatras, através de uma avaliação conjunta com neuropsicólogos.
O TDAH não tem cura, mas pode ter seus sintomas reduzidos naturalmente no período da adolescência e vida adulta. Cerca de 50% das pessoas que possuem o transtorno irão apresentar os sintomas durante toda a vida.
O tratamento envolve não só medicações, mas também terapia comportamental e intervenções educacionais.
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